Duração do emprego formal e desigualdade de gênero no Brasil

o caso das famílias de baixa renda

Autores

  • Daniela Versola Vaz
  • Danilo Braun Santos
  • Alexandre Ribeiro Leichsenring

Palavras-chave:

emprego, gênero, análise de duração, riscos proporcionais, aceleração de tempo de falha

Resumo

Nesse artigo os microdados do Cadastro Único combinados com dados da RAIS são utilizados para examinar como as características da mão de obra e a composição familiar afetam a duração do emprego formal das pessoas pobres no Brasil, com ênfase nas diferenças observadas entre os gêneros. A análise da duração do emprego foi realizada com base no modelo de riscos proporcionais de Cox e em modelos de aceleração de tempo de falha com e sem tratamento para a heterogeneidade não observada, utilizando uma base de dados com mais de um milhão de indivíduos pertencentes a famílias pobres. Os resultados mostram que a presença de grávidas ou crianças pequenas no domicílio aumenta o risco de quebra do vínculo de emprego, assim como a presença de outro familiar no mercado formal de trabalho. Em todos esses casos, os efeitos são mais fortes para as mulheres do que para os homens. Verificou-se, também, que a presença de adolescentes na residência atenua as exigências com cuidados domésticos que incidem sobre os adultos, anulando o efeito de redução do tempo no emprego causado pela presença de filhos pequenos na família.

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Publicado

2021-10-06

Como Citar

Versola Vaz, D., Braun Santos, D., & Ribeiro Leichsenring, A. (2021). Duração do emprego formal e desigualdade de gênero no Brasil: o caso das famílias de baixa renda. Revista Parlamento E Sociedade, 8(15), 29–59. Recuperado de https://parlamentoesociedade.emnuvens.com.br/revista/article/view/179

Edição

Seção

Artigos