A ausência de mulheres nos cargos de direção nos Sindicatos de São Paulo
as possíveis causas para a baixa representatividade nos três maiores sindicatos da CUT
Palavras-chave:
sindicatos, gênero, trabalho, representaçãoResumo
Sindicatos são responsáveis pela representação dos interesses dos trabalhadores no sistema capitalista. Mas num cenário de divisão do trabalho, em que o gênero feminino é associado à esfera da reprodução social, mulheres nem sempre têm suas demandas de trabalho atendidas, o que retroalimenta a desigualdade de gênero no mundo do trabalho. Assim, este trabalho tem dois objetivos. O primeiro é investigar a hipótese de que esta não-representação feminina pode estar associada à ausência de mulheres nas direções sindicais. E o segundo é compreender os motivos pelos quais estas mulheres não adentram esta esfera na prática, mesmo quando há diretrizes de paridade de gênero. Analiso três sindicatos associados à representação supostamente i. predominantemente feminina (Apeoesp), ii. mista (Bancários) e iii. masculina (Metalúrgicos do ABC). Os dados comprovam um esvaziamento da figura feminina nos cargos de direção executiva. Evidências qualitativas corroboram os números apresentados. Em entrevistas, mulheres sindicalistas apontaram questões como assédio, discriminação e violência de gênero. Como contribuição, este trabalho traz evidências de que existe um problema estrutural para garantir a participação efetiva das mulheres, assim como atenção especial às pautas que endossam as necessidades femininas, o que garantiria a equidade na esfera sindical e, consequentemente, no mundo do trabalho.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.